domingo, 26 de abril de 2015


 CRUZEIRO, UM POVO, UMA CAMISA E A TRADIÇÃO DO FUTEBOL!

Resposta a teorias alucinógenas psíquico-pseudo-futebolísticas que circularam na mídia esportiva mineira esta semana.

De certa forma, é até compreensível o deslumbre alucinógeno de alguns com a melhor fase da história de seu clube. Ou melhor, corrigindo: com a atual fase do seu clube, porque na verdade existem clubes que não possuem história, muito menos tradição, daí a recorrência a subterfúgios lunáticos e ufanistas em textos publicados na conivente imprensa esportiva mineira, esta, aliás, que claramente abre espaço a este tipo de delírio por sofrer na pele ao longo de décadas o mesmo que autores de certos delírios sentem. Quanto aos raios, bem, estes caem mesmo em certos lugares de forma repetitiva. Mas raios não causam estrondos como verdadeiros trovões. Raios são lances isolados, trovoadas bruscas e corriqueiras de conquistas no desenrolar da história do futebol são para poucos.
Nós, o clube do povo mineiro desde 1921, nunca fomos dependentes de uma mídia que nos autovangloriasse, e contra tudo e contra todos, nós tornamos a maior potência esportiva do Estado em campo, jogando futebol. E o fato de sermos um clube de futebol, sem concorrência a altura no mesmo território, levam outros e tentarem se abstrair do futebol, alegando que não são mais clube de futebol, para tentarem desta forma fazerem frente a qualquer picardia e discussão futebolística. Daí reside a nossa maior gargalhada diante das chacotas históricas que este pseudo-rival nos proporciona. O Cruzeiro é futebol, e nossas glórias vem de nosso povão azul apaixonado e dos gramados de Minas Gerais e do mundo.
Nós acreditamos que nunca caímos para a humilhante série B, acreditamos que somos o único clube brasileiro a ganhar uma libertadores na era clássica do futebol, os anos 70! Acreditamos no Bi da Libertadores com 102 mil pessoas no Mineirão, e acreditamos no Tetra campeonato brasileiro. Acreditamos em muito mais coisas, mas algumas, nem forçamos a barra para crer, como por exemplo, que somos também os maiores campeões mineiros desde que este campeonato foi inventado em 1958.
Alguns times pararam guerras, como o Santos de Pelé. Outros, foram ainda mais implacáveis com este feito, aplicando impiedosos 6 x 2 no time que parou a guerra. Nós não precisamos imaginar o que seria se fosse nosso time no lugar no Santos de Pelé, nós apenas já éramos o único clube grande da cidade neste momento da história, e colocamos o clube que parou a guerra no seu devido lugar. Daí reside outra chacota: imagina se fôssemos nós? Não precisamos disso, estávamos lá batendo de frente, não temos a necessidade da alucinação para rechear nosso clube de ufanismos. E meter 6 nestes momentos faz parte de nossa história.
O Cruzeiro não é um clube que tem sua torcida restrita a Avenida do Contorno. Nós representamos o povo de um Estado tão histórico quanto nosso clube. Se fosse para criarmos ufanismos psicotrópicos, poderíamos dizer que Tiradentes era Cruzeiro, pois todos sabem que não existem torcedores galináceos no interior do Estado de Minas Gerais.
Poderia discorrer bastante sobre o quesito tradição, já que alguns citaram que o Inter de Porto Alegre é para eles um adversário historicamente complicado. Mais gargalhadas! Historicamente quando? Melhor voltar ao ateísmo, porque quem decidiu um brasileiro e uma semi-final de libertadores com o Inter foi outro clube, não? Aliás, vejam mais este exemplo: O tradicionalíssimo Colo-Colo completou recentemente 200 jogos internacionais em sua história. Precisa dizer qual foi o clube que o Colo-Colo mais enfrentou em sua trajetória? Enquanto isso, outros clubes enfrentaram o Colo-Colo pela primeira vez na vida, tem base?
Entendam por favor: Nossa tradição foi construída desde a fundação do clube pelos imigrantes pobres que vieram trabalhar na construção da cidade. Mal sabiam eles que fundariam a maior potência do esporte mineiro. Não somos fundados pela elite arrogante da cidade que precisa de subterfúgios lunáticos e midiáticos para glorificar feitos que não tem a devida proporção, nós somos futebol de carne e osso, metafísica e alucinações retiramos de feitos que são reais, não abstratos e falsos. E no final das contas, sabe o que realmente machuca os galináceos? È que eles olham para o espelho e pensam, mas caramba!, por mais que conseguimos existir de três anos para cá, os caras tem história e tradição no futebol, e para alcançá-los neste feito, pelo futebol não dá, precisamos abstrair a realidade do mundo, nos refugiar em santos, metafísicas, milagres e contar com o apoio da mídia para ver se cola e assim conseguimos enganar alguns. Povão Azul cruzeirense, eles precisam acreditar nisso para suportarem as dores de serem o que são, um clube sem tradição alguma. Coisas que situações como o chaveamento da libertadores dividido entre tradicionais e emergentes provoca, entendem?
Que feio, pois apenas os fracos de, pasmem, espírito, caem em algumas lorotas alucinógenas.
Ah, e claro, não poderia deixar de citar: o Sada Cruzeiro é tri-campeão brasileiro, coisas que alguns clube de futebol não o são! Que coisa! (Mais gargalhadas).
Cruzeiro, clube do povo mineiro, nossa tradição fala por nós.

Saudações celestes.
Geovano Chaves



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